Duas historinhas em tempos difíceis

A primeira historinha é a do aniversário de D. Josefina. Teca, amiga querida, contou pra gente que a mãe dela fazia 77 anos naquele dia. Que estava em casa, sozinha. Aí Babeth sugeriu: e se a gente mandasse mensagens pra ela de aniversário? Podia dar uma amenizada… dito e feito: Teca mandou o telefone de D. Jo e a gente (nosso grupo de amigas do chopinho) saiu mandando mensagens. De áudio, de texto… eu mandei uma imagem de um bolo de aniversário com meu texto, pra gente comer depois que isso tudo acabasse.

E D. Jo foi respondendo às mensagens, uma a uma, com seu sotaque paraguaio e um carinho imenso pelas amigas da filha. Foi tão bonito e alegre, paradoxalmente. A gente feliz de poder estar “junto” dela e da Teca naquela hora difícil. Ela achando tudo divertido e inesperado. Depois disse à filha que tinha sido um aniversário muito bom: e foi a melhor mensagem que a gente podia receber de volta. Viva D. Jo. Dia desses a gente faz um chopinho de verdade em homenagem a ela.

A segunda historinha veio da prima de um amigo, que tem uma pousada em Porto de Galinhas. Contou ela que em Maracaípe, nesta madrugada, os pescadores colocaram a rede de arrasto. Às 4h30 da manhã, puxaram a rede, e nunca tinham visto tanto peixe. Muito, muito peixe (provavelmente por conta da falta do bicho-homem na água, imagino eu). Pois bem: um dos pescadores disse que nunca tinha visto, em tantos anos de pescaria, um mar com tanto peixe e que não achava justo venderem esse peixe, que “tinha vindo de Deus”. Aí fizeram a doação pra comunidade daquele peixe todo. Olha só.

São historinhas dessas que me ajudam a passar os tempos difíceis. Filamentos sutis que compõem o tecido da vida viva e vivida. Esta mesma que é o motivo deste blog novo. Espero que ajudem vocês também.

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